quinta-feira, agosto 19, 2004

Monotonia

Que raio de monotonia... Que seca de dia, é o que vos digo... Ou seja, viajei, voei, andei de mota, salvei uma princesa, fui extra-terrestre, queimei virgens vivas, venerei o Diabo, fui Deus, comi 3 actrizes porno, fui á Lua, lutei 4 monstros e 3 ciborgues, fui um leopardo, entrevistei a Marisa Cruz, fiz um discurso ao país, voltei a comer mais 5 actrizes porno, viajei pra dentro de roupa mostrando á mulher mais um produto maravilha que elimina nódoas, estive debaixo de água durante 2 horas, fui estrela de rock, mais 2 actrizes porno e por fim fui ditador. Quer dizer, levantei-me, fartei-me e desliguei a televisão.

sábado, agosto 14, 2004

Não Fumar é sinónimo de uma vida exemplar?

Todos os anos vejo sempre a mesma publicidade de uma Instituição cujo nome não vou revelar, mas para dar a entender começa num "I" acaba num "J" e no meio tem a letra "P". Fico-me por aqui, pois não quero facilitar muito as coisa. Vocês todos já devem ter visto:

"João, 14 anos. Curte som, curte estar com os amigos, curte dançar: NÃO FUMA!"
(Já repararam como os senhores da publicidade arranjam maneira de querem chamar a atenção dos jovens usando um vocabulário "cool"?)

Adiante, o puto está com cara que podia morrer feliz naquele preciso momento. Como todos sabem, as pessoas que fumam são criaturas desprezáveis da sociedade vistas como "outsiders" ou como pesoas ás quais devemos manter distancia. Isso explica muito a minha pessoa.

Mas ainda assim, gostava de propor a esta instituição para por um anúncio diferente. Algo do género:

"Maria, 15 anos. Gosta de estar com os amigos, gosta de sair, gosta de namorar, faz o que quer, gosta de moda, gosta da noite, gosta de amizade, gosta de se divertir: "Não fuma!" Mas não acabou aqui. Agora, dá-se a continuação:

"É prostituta, perdeu a virgindade quando violada, é molestada sexualmente pelo pai, é toxicodependente, é seropositiva, bebe, droga-se, é mãe de 2 filhos, a mãe foi morta antes de a poder ver e ficar com memória dela quando crescer, vive na rua." E depois no fim, em letras garrafais: "NÃO FUMA!"